Baraka é a palavra para “benção” em muitas línguas arábicas. Este é o título da obra de Ron Fricke, o responsável pela fotografia do filme Koyaanisqatsi, postado recentemente aqui, de Godfrey Reggio. Desta vez, ele apenas incluiu uma trilha sonora e deixou o resto por conta da compilação de registros impressionantes da natureza e do progresso da civilização.
Informações principais
Título original: Baraka
Ano: 1992
Duração: 96 min.
País: Estados Unidos
Direção: Ron Fricke
Roteiro: Constantine Nicholas, Genevieve Nicholas
Trilha sonora: Lisa Gerrard, Brendan Perry, Michael Stearns (Dead Can Dance)
Trama
Baraka não tem trama, nem linha narrativa, atores, diálogo ou qualquer voz acrescida na montagem. Em vez disso, o filme utiliza temas para apresentar novos passos e evocar emoções através do puro cinema. Baraka é um caleidoscópio, uma compilação global de eventos naturais e humanos na Terra. O tema de Baraka apresenta algumas similaridades com Koyaanisqatsi – incluindo gravações de várias paisagens, igrejas, ruínas, cerimônias religiosas e cidades vibrando registradas através de fotografias em time-lapse, buscando capturar a pulsação cotidiana da humanidade.
O filme apresenta diversos planos longos em vários cenários, incluindo Auschwitz e Tuol Sleng: fotos de pessoas envolvidas, crânios empilhados em uma sala, ossos amontoados. Assim como Koyaanisqatsi, Baraka compara os fenômenos naturais e tecnológicos. O filme também busca uma perspectiva cultural universal: o registro de uma elaborada tatuagem em uma yakuza japonesa precede uma visão de pintura tribal.
Trailer